Traça-me por meio a meio e separa-me em quatro cantos.
Deixa-me aqui,
nesta sombra que não conhece o Sol nem o calor de outra coisa que não a tua mão.
Vai agora!
Solta-te de mim!
Sabes de que falo e falo eu do que sei!
Não te trago senão passado e de futuro tu és feita!
Vai...
Dou-me só por grato de ter sido um dos que dormiu a teu lado...
Vivo acordado num passado que é só meu hoje e de mais ninguém num outro amanhã.
Lembra-me como um objecto que ficou para trás esquecido,
depositado numa gaveta
que de tanto empeno;
não se abra mais.